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Israel deve fazer pausa humanitária em corredores e pontos de distribuição de comida de Gaza neste domingo
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Israel deve fazer pausa humanitária em corredores e pontos de distribuição de comida de Gaza neste domingo

Crianças palestinas esperam por uma refeição em uma cozinha de caridade na área de Mawasi, em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, em 22 de julho de 2025
AFP
Israel deve fazer pausa humanitária em corredores e pontos de distribuição de comida de Gaza neste domingo (27).
O anúncio foi feito pelo Ministério das Relações Exteriores de Israel, no sábado (26), após o Exército israelense informar que retomou o envio de alimentos para Gaza por meio de aviões e que implementaria corredores humanitários na região.
As medidas acontecem em meio à pressão internacional em razão da crise humanitária vivida pelos moradores do enclave, controlado pelo grupo terrorista Hamas (leia mais abaixo).
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Em março, a entrada da ajuda humanitária em Gaza passou a ser totalmente bloqueada. E, desde maio, esse apoio está concentrado na Fundação Humanitária de Gaza, entidade controversa apoiada por Israel e criticada pela ONU.
Segundo as forças armadas israelenses, o envio de comida por lançamento aéreo incluiria sete paletes de ajuda contendo farinha, açúcar e alimentos enlatados fornecidos por organizações internacionais, acrescentaram os militares em um comunicado.
Os lançamentos aéreos não são o método mais indicado para a ajuda humanitária, porque eles têm um impacto limitado e não é garantido que realmente cheguem à população local, segundo especialistas. A ONU afirma que a melhor forma de acudir os palestinos é removendo todos os bloqueios terrestres à entrada de ajuda.
Exército israelense divulgou fotos atribuídos ao envio de ajuda humanitária a Gaza
Divulgação/IDF
ONU afirma que situação em Gaza é ‘show de horrores’
A volta da permissão da ajuda aérea ocorre em um momento de agravamento da crise humanitária em Gaza, com crescente desnutrição e alastramento da fome entre os dois milhões de palestinos.
A ONU descreve a atual situação como um “show de horrores”. Mais de 100 ONGs especializadas denunciam “fome em massa” no território.
Relatos de fome extrema e generalizada se tornaram mais frequentes, e pelo menos 45 pessoas morreram de fome em Gaza desde o início desta semana, segundo a Agência da ONU para Refugiados Palestinos (UNRWA, na sigla em inglês).
“‘As pessoas em Gaza não estão nem mortas nem vivas, são cadáveres ambulantes’: disse-me um colega em Gaza nesta manhã”, disse Philippe Lazzarini, comissário-geral da UNRWA, na quinta-feira (24).
Um vídeo divulgado pela agência Reuters na quinta-feira mostrou crianças palestinas atendidas com desnutrição severa em um hospital de Khan Younis, em Gaza. O World Food Program (WFP), braço das Nações Unidas dedicado à alimentação, disse nesta sexta-feira (25) que quase um terço da população palestina “não come durante dias seguidos”.
O governo Netanyahu culpa a ONU e o grupo terrorista Hamas por impedir que os alimentos cheguem à população palestina.
ONU afirma que tem o equivalente a 6 mil caminhões de alimentos esperando para entrar em Gaza
Getty Images
A operação militar de Israel em Gaza matou mais de 59 mil palestinos, a maioria civis, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas. O ataque terrorista feito pelo grupo a Israel em 2023 deixou 1,2 mil mortos – a maioria também de civis –, e 250 pessoas foram feitas reféns.
Vídeo mostra crianças vítimas da fome em Gaza; Israel e ONU trocam acusações

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