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Presidente da Comissão Europeia viaja para encontrar Trump; EUA querem acordo comercial histórico
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Presidente da Comissão Europeia viaja para encontrar Trump; EUA querem acordo comercial histórico

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A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, viajou neste sábado (26) para a Escócia, onde se encontrará com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio a uma intensa rodada de negociações para um possível acordo comercial entre os dois lados do Atlântico. A reunião está marcada para a tarde de domingo (27), segundo porta-vozes da Comissão Europeia.
Trump está na Escócia desde sexta-feira (26), em uma viagem que combina encontros diplomáticos e dias de golfe. Ao chegar ao país, o presidente americano afirmou estar animado para encontrar von der Leyen, a quem classificou como “uma líder altamente respeitada”, e disse ver 50% de chance de fechar um acordo com os 27 países da União Europeia.
“Bruxelas quer muito um acordo”, afirmou Trump a jornalistas. Segundo ele, se o tratado for firmado, será o maior acordo comercial já alcançado por seu governo, superando o pacto assinado com o Japão no início da semana, avaliado em US$ 550 bilhões.
A equipe econômica da Casa Branca também desembarcou na Escócia neste sábado para participar das tratativas com autoridades europeias. Estão no país o representante de Comércio dos EUA, Jamieson Greer, e o secretário de Comércio, Howard Lutnick.
De acordo com uma fonte do governo americano, que falou sob condição de anonimato à agência Reuters, as negociações estão avançadas, mas ainda há cautela.
“Estamos cautelosamente otimistas de que chegaremos a um acordo. Mas não acabou até acabar”, disse.
Na quinta-feira (25), a Comissão Europeia confirmou que uma solução negociada com Washington estava próxima, embora os países do bloco tenham votado para aprovar tarifas retaliatórias sobre 93 bilhões de euros (cerca de US$ 109 bilhões) em produtos norte-americanos, caso as conversas fracassem.
Ursula Von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, faz discurso durante cúpula da Otan, em 24 de junho de 2025.
John Thys/AFP
Entre os pontos sensíveis da negociação está a imposição de tarifas por parte dos EUA. Diplomatas europeus disseram que o acordo em estudo prevê uma tarifa ampla de 15% sobre produtos da UE exportados aos Estados Unidos, o que refletiria os termos do recente acordo EUA-Japão. Além disso, estaria mantida uma tarifa de 50% sobre aço e alumínio europeus — patamar que Trump disse ser “difícil de flexibilizar”.
“A tarifa de 30% sobre produtos da UE precisa ser reduzida para que o acordo avance”, disse o presidente norte-americano, sem especificar como isso ocorreria.
Ainda não está claro se os EUA irão isentar os países europeus de outras tarifas anunciadas ou em análise, como aquelas que afetam o setor automotivo, farmacêutico e demais bens industriais.
Apesar das divergências, a relação comercial entre Estados Unidos e União Europeia é considerada a mais importante do mundo. Somando bens, serviços e investimentos, o fluxo bilateral chega a US$ 9,5 trilhões, segundo a Câmara de Comércio Americana em Bruxelas. Em março, a entidade alertou que um eventual conflito tarifário colocaria em risco essa parceria estratégica.
A reunião deste domingo ocorre em um momento-chave, com o prazo de 1º de agosto se aproximando — data em que Trump ameaçou aplicar tarifas de até 30% sobre produtos europeus caso não haja acordo.

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