Ex-presidente da Coreia do Sul destituído por lei marcial volta a ser preso e vai para solitária
Yoon Suk Yeol teve seu impeachment confirmado em abril. Um novo mandado de prisão foi emitido, segundo juiz, devido a preocupações de que o ex-presidente, investigado por acusações de insurreição, possa “destruir evidências”. Yoon Suk Yeol
Presidência da Coreia do Sul/Yonhap via AP
O ex-presidente da Coreia do Sul Yoon Suk Yeol foi preso novamente nesta quinta-feira (10) e levado para uma cela solitária.
O político, que teve seu impeachment confirmado no dia 3 de abril, segue sendo investigado por sua decisão de decretar lei marcial no país em dezembro.
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Em nova audiência nesta quarta-feira (9), o juiz do Tribunal do Distrito Central de Seul, emitiu o novo mandado de prisão falando sobre as preocupações de que Yoon possa “destruir evidências” do caso.
O ex-presidente de 64 anos voltou a rejeitar todas as acusações contra ele e, agora, aguarda a decisão do tribunal sobre sua prisão provisória em um centro de detenção. Os promotores preparam as acusações formais contra ele.
“Quando Yoon for acusado, ele poderá permanecer detido por até seis meses”, explicou à AFP Yun Bok-nam, presidente da organização Advogados por uma Sociedade Democrática.
Relembre o caso
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Ao decretar lei marcial na Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol tentou fechar o Parlamento e limitar os direitos civis da população. No entanto, com a resistência dos legisladores e também da população ao anúncio, a medida foi derrubada horas depois.
No fim de janeiro, promotores da Coreia do Sul indiciaram o presidente afastado por insurreição, que é uma das poucas acusações criminais das quais um presidente no país não tem imunidade. O crime é punível com prisão perpétua ou morto, embora ninguém tenha sido executado por esse crime em décadas.
Ele chegou a ser preso, mas deixou a prisão em março por motivos processuais, mas o julgamento prosseguiu. Antes de ir à prisão e se tornar o primeiro presidente sul-coreano em exercício a ser detido, ele resistiu semanas em sua residência graças à proteção do corpo de segurança presidencial.
Em uma audiência do Tribunal Constitucional em janeiro, Yoon e seus advogados argumentaram que ele nunca teve a intenção de impor totalmente a lei marcial, mas apenas pretendia que as medidas fossem um aviso para quebrar o impasse político.
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