Presidente brasileiro deu uma caixa de carnes da Friboi para o primeiro-ministro do Vietnã e recebeu, em troca, uma caixa de tilápia. Lula classificou o ato como “primeira exportação” desses produtos entre os dois países. Lula entrega caixa de carne a primeiro-ministro do Vietnã e recebe caixa de tilápia.
Ricardo Stuckert/ Presidência da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participou neste sábado (5), no Rio de Janeiro, da programação oficial da Cúpula dos Brics, com a realização do Fórum Empresarial do Brics, pela manhã, e reuniões bilaterais, durante a tarde, com representantes de países membros e parceiros do grupo.
Na ocasião, Lula trocou presentes com o primeiro-ministro do Vietnã, Pham Minh Chinh, no que chamou da “concretização da primeira exportação de carne bovina” para o país asiático.
Lula deu uma caixa da Friboi para o primeiro-ministro e, em troca, Pham Minh Chinh deu uma caixa de tilápia vietnamita para Lula, confirmando, ainda segundo o presidente brasileiro, a primeira exportação desse produto ao Brasil.
Em publicação em uma rede social, Lula ainda afirmou ter interesse em negociar um acordo comercial com o Vietnã.
“Reafirmei o interesse da presidência brasileira do Mercosul em abrir frente de negociação de um acordo comercial com o Vietnã. Nos comprometemos a realizar, o mais breve possível, missões empresariais, com o propósito de ampliar as oportunidades de comércio e investimentos de parte a parte”, escreveu o presidente.
Lula e o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed.
Ricardo Stuckert/ Presidência da República
Missão empresarial na Etiópia
Mais cedo, na reunião com o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed Ali, o presidente brasileiro tratou sobre o potencial de cooperação entre os dois países nas áreas de agricultura, mineração, energia, indústria e meio ambiente.
Lula também determinou o envio de uma missão empresarial brasileira à Etiópia. Segundo ele, o objetivo é “continuar identificando oportunidades para aprofundar o comércio e os investimentos bilaterais”.
Após o encontro, Lula informou que Abiy Ahmed Ali confirmou participação ativa na COP30, em Belém, no Pará, em novembro.
Lula também se reuniu com representantes da Nigéria, Abu Dhabi e com o primeiro-ministro da China, Li Qiang.
Pela manhã, Lula participou da abertura do Fórum Empresarial do Brics, evento que antecede o encontro de líderes do agrupamento internacional formado por 11 países (leia mais abaixo).
Na abertura do evento, o presidente defendeu a criação de uma “governança multilateral” para regras sobre inteligência artificial e afirmou que o desenvolvimento da tecnologia sem “diretrizes claras” traz “riscos e efeitos colaterais”.
Fórum Empresarial do Brics antecede cúpula do bloco
Cúpula do Brics
Chefes de Estado e representantes de países-membros e parceiros do Brics vão se reunir, entre domingo (6) e segunda-feira (7), em uma cúpula na capital do Rio de Janeiro.
A reunião é considerada o ponto alto da presidência do Brasil no grupo, que será exercida ao longo de 2025.
Entre os líderes que confirmaram presença, estão o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.
A expectativa é que o encontro debata temas como combate à pobreza, financiamento climático, comércio e inteligência artificial.
Uma das propostas é criar uma parceria para eliminar doenças ligadas à miséria e ampliar o acesso democrático a tecnologias.
Atualmente, o Brics conta com 11 países-membros e dez países-parceiros:
Membros: África do Sul, Arábia Saudita, Brasil, China, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia, Índia, Irã e Rússia.
Parceiros: Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã.
O grupo se define como um foro de articulação político-diplomática. O objetivo do Brics é fomentar a cooperação econômica e política entre os membros.
Segundo apurou a TV Globo, três chefes de Estado de países-membros não devem participar da cúpula: Vladimir Putin (Rússia), Xi Jinping (China) e Abdel Fattah al-Sisi (Egito).
O evento terá segurança reforçada, com Garantia da Lei e da Ordem (GLO) e restrição de voos. O embaixador Maurício Lyrio, do Itamaraty, coordena os trabalhos como sherpa brasileiro.
MZ Noticias
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