Motoristas e passageiros de ônibus seguem assustados com a falta de solução sobre os recentes ataques a coletivos na capital paulista. Foram 125 ônibus atingidos, em nove dias deste mês de junho. A maior parte das linhas circula na região central da cidade.
As agressões são feitas com pedradas ou arremesso de bolas de gude, que estilhaçam vidros. Segundo relatos de motoristas, tudo acontece muito rápido – o autor ataca e logo se esconde. Não há registro de feridos, mas condutores, cobradores e passageiros relatam medo permanente.
Também não se conhece motivação clara para os ataques, ao contrário do que aconteceu em julho do ano passado, quando três ônibus foram destruídos após a morte de um morador, em confronto com a polícia, na zona norte de São Paulo.
Até esta quinta-feira (26), ninguém foi preso e a polícia ainda não tem suspeitos. Para tentar identificar os autores e inibir novos ataques, o presidente em exercício do sindicato dos motoristas de São Paulo, Valdemir Soares, encaminhou ofício para o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite. Ele pede uma reunião presencial para tratar sobre o tema.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública paulista informou, nessa quarta-feira, que acionou a Divisão de Investigações sobre Crimes contra o Patrimônio, e que faz diligências para identificar a autoria dos ataques.
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