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Partido ultraortodoxo ameaça derrubar governo de Israel por lei de recrutamento
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Partido ultraortodoxo ameaça derrubar governo de Israel por lei de recrutamento

Netanyahu em 31 de outubro de 2024
Reuters/Amir Cohen/File Photo
O partido ultraortodoxo Shas ameaçou derrubar o governo do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ao votar nesta semana a favor de uma moção para convocar eleições antecipadas, motivado por sua oposição a uma lei sobre o serviço militar.
A coalizão de Netanyahu, um dos governos mais à direita da história de Israel, está sob risco de ruptura devido a um projeto de lei que pretende acabar com a isenção do serviço militar para os judeus ultraortodoxos.
A dispensa do recrutamento militar enfrenta uma oposição crescente em Israel, que está em guerra com o Hamas em Gaza desde o ataque de 7 de outubro de 2023.
“Não queremos derrubar um governo de direita, mas chegamos ao limite”, declarou o porta-voz do Shas, Asher Medina, à rádio pública israelense.
O Exército israelense afirmou na semana passada que está operando com um déficit de 10 mil soldados em meio à nova ofensiva terrestre em Gaza lançada por Netanyahu em maio, no contexto da guerra contra o grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza. Desses, cerca de 6 mil deveriam estar em unidades de combate.
Medina afirmou que, sem uma solução de última hora para a questão do serviço militar obrigatório, o partido votará a favor da dissolução do Parlamento.
A oposição quer incluir na pauta de quarta-feira a votação de um projeto de lei para dissolver o Parlamento, com a esperança de aproveitar o descontentamento dos ultraortodoxos.
A coalizão de Netanyahu, formada em dezembro de 2022, é liderada por seu partido, o Likud, mas depende da aliança com outras legendas de direita e com partidos ultraortodoxos.
Se os partidos ultrarreligiosos deixarem o governo, Netanyahu perderá a maioria no Parlamento.
Uma pesquisa publicada em março pelo jornal de direita Israel Hayom mostrou que 85% dos judeus israelenses apoiam a modificação da lei de recrutamento para os religiosos, conhecidos como haredim.
Deste grupo, 41% defendem que o serviço militar seja obrigatório para os membros da comunidade ultraortodoxa com idade para o recrutamento, em um país onde os homens devem cumprir pelo menos 32 meses de serviço militar.

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